Tim Burton, Johnny Depp e a Disney estão adicionando um novo e diferente capítulo ao clássico de Lewis Carroll com sua “Alice no país das maravilhas,” uma película que apresenta uma mulher nova que se encontre no mundo do Chapeleiro Maluco, do gato de Cheshire e da rainha vermelha.
Entrevista com o designer do filme Michael Kutsche, concedida ao Jornal 'Los Angeles Times'.
LT: “Alice no país das maravilhas” é sua primeira experiência de trabalho em uma película. Como você caiu no mundo do país das maravilhas e de Tim Burton?
MK: Foi um salto enorme para mim, porque eu sou de Alemanha. Eu era um ilustrador consideravelmente bem sucedido mas não no campo dos filmes, eu fazia ilustrações para jogos também. Quando você está trabalhando em tempo integral você não está pensando realmente sobre outros trabalhos. Um dia eu estava trabalhando em meu estúdio em Berlim e recebi um e-mail de Sony Imageworks, dizendo: Nós temos um projeto para um filme e gostamos de suas ilustrações. Gostaria de trabalhar em um filme?
LT: Mas você não soube que iria trabalhar “Alice no país das maravilhas" desde o começo?
MK: Me disseram que haviam dois ilustradores - tipo uma competição -e teríamos que desenhar uma lagarta. Pensei: “a do labirinto na bandeja,” mas com atores reais com características animados. Eu fiz aquelo em um dia… que eu tentei fazer o melhor que eu poderia. Comecei o trabalho e encontrei finalmente o vice-presidente de Sony Imageworks [Debbie Denise]. Ela me disse que eu estaria trabalhando no filme com Tim Burton em “Alice no país das maravilhas.” Eu quase desmaiei.(rsrs)
LT: Que tipo de liberdade criativa você tem em seu trabalho? Pois Burton tem um estilo muito original. Como você se adaptou ao dele?
MK: Eu trabalhei com o supervisor de efeitos visuais - Ken Ralston - que fez “Star Wars”! Isso me ajudou muito no processo de criação e nesta "adaptação".
LT: Em seus primeiros esboços, o gato de Cheshire é mais humanizado, é ligeiro e arisco, com as listras cor-de-rosa quente e um sorriso forçadamente inquietante.
MK: Por ser uma produção de Disney não teria realmente essa apelação maciça. Tim Burton é um grande admirador desse livro e do ilustrador original. Tim teve desenhos dele em seu escritório de Londres. Isso ajudou a ter um pouco da sensação deste clássico, de modo que os animais se parecem nesta versão mais como animais ao invés de uma fantasia.
LT: Como este filme é uma re-invenção, ao contrário de um remake, o quanto você se inspira no original e o quanto você extrai de sua mente?
MK: Eu olhei os desenhos originais de John Tenniel e Arthur Rackham para ter a sensação para do período e da época, para depois dar um caráter mas atual.
LT: Este filme é centrado sobre o elemento 3-D. Você criou os elementos sobre esta influência?
MK: Não para este. Talvez em termos do ambiente. É mais sobre a forma e a perspectiva.
O filme estreia na Rede Cinesystem no dia 23 de abril. Confira a programação do Multiplex que você frequenta.
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